sábado, 8 de agosto de 2015

BEDA #8: Minha Primeira Vez

PORTUGUÊS | ENGLISH


Ciao!
HAHA, não resisti em colocar um título ambíguo (eu juro que sou uma jovem adulta madura e responsável às vezes). Quem leu a postagem de ontem sabe que na verdade, estou me referindo à minha primeira vez numa consulta com um psicólogo. Mas daí você me pergunta: "Mas ué, você já não foi antes? Quem foi o infeliz que te diagnosticou"? Tem razão, eu já fui antes em um, mas pra mim não conta, porque eu acho que vou fazer o tratamento com a psicóloga que eu conheci hoje. Mas tá, tanto faz, vamos direto ao que interessa. 
Minha consulta estava marcada às onze da manhã, então saí uma hora antes. Tive que pegar um ônibus e fazer três baldeações no metrô (da linha vermelha pra linha azul e, finalmente, para a linha verde; é, ser pobre é foda). Quando saí da estação, ainda andei um bocado, e finalmente cheguei a um prédio com portões automáticos e fachada de vidro, com detalhes em verde-claro. Passei pela recepção, e fui até o andar que me foi designado, a fim de assinar minha ficha. Depois, a recepcionista me indicou para o sexto andar, sala 65. Obediente, entrei novamente no elevador. Quando saí dele, vasculhei o local com os olhos e vi uma única sala com a porta aberta e uma música vibrante saindo dela. Cheguei a pensar se tinha entendido as coordenadas simples que a recepcionista me deu, quando uma moça apareceu, e imediatamente sorriu, gesticulando para que eu entrasse.
Ela não era nada do que eu tinha imaginado. Primeiro, ela era uma mulher (o que é ótimo, pois eu não conseguia me ver falando sobre TUDO com um homem desconhecido). Segundo, ela não vestia nenhum jaleco branco (pessoas da área da saúde, me perdoem, mas pra mim, todo mundo usa aquela porra de jaleco branco sempre). Na verdade, ela estava usando uma blusa com cores fortes e vibrantes e uma saia branca, apenas para dar um contraste. Ela era cheinha, ruiva e usava um batom vermelho tão forte quanto o meu, e logo de cara já pensei "Acho que ela é a pessoa certa pra me tratar". Havia algo no modo como ela falava e fazia as coisas, que fez eu me sentir à vontade. Assim que eu me sentei no sofá, expliquei que não sabia por onde começar. 
E bom, nem tinha porquê eu me preocupar com isso, já que é trabalho dela conduzir a conversa e extrair as informações que ela procura, pra entender o que se passa. A conversa fluiu tranquilamente, e fui contando para ela como eram meus relacionamentos com minha família, meus amigos, os colegas da faculdade e meus ex-namorados. Depois, começamos a falar de coisas um pouco mais sérias, como o porquê de eu ter trancado o curso de Gestão de Turismo, o porquê de eu me cortar/fazer hematomas e como exatamente eu me sentia quando estava com muita tristeza, raiva e irritação. E eu simplesmente fui falando, sem desabar no choro e sem precisar inventar nada ou causar resistência. Era como se eu estivesse conversando com uma amiga. 
Assim que o tempo acabou, ela me disse que aquele horário estaria reservado para mim, e que nos encontraríamos semanalmente. Ela também reforçou que essa era apenas a primeira consulta e que eu não deveria parar o tratamento da psicoterapia. Também me assegurou de que eu só tomaria remédios, se fosse extremamente necessário, porque a última coisa que quero é ficar dependente de um monte de comprimidos. 
Enfim, essa foi apenas a primeira sessão, e com certeza vou ter muito o que contar ainda porque as aulas começam na segunda-feira e faculdade é igual a tretas e estresse infinitos, né? 
Vocês são tipo meus psicólogos reserva. Enquanto eu não vou na sessão, fico chorando no ombro de vocês aqui no blog hahaha 
É isso, até amanhã! Boo-bye! 

Ciao!
HAHA I couldn't resist using a ambiguous title (I swear I am a mature and responsible young adult sometimes). If you read yesterday's post, you probably know I am actually referring to my first appointment with the new psychologist. But anyway, let's get straight to the point!
My appointment was scheduled for 11 AM, so I left home one hour earlier. The clinic wasn't really near the subway station, so I had to walk quite a bit until I arrived. The building where the clinic was, had 12 floors and it had automatic gates and doors and the walls were covered with mirrored glass with tiny details in light green. 
I signed my medical record and went right to the room where the appointment would be. A vibrant music was being played and, for one moment, I actually thought I was in the wrong place, for some reason. 
As soon as I got there, the psychologist show up, smiling, and invited me in. She was nothing like I thought my psychologist would be. First, she was a woman, not a man (which is great, because I couldn't see myself opening up to a random guy I never saw before). Second, she wasn't wearing that white coat all doctors wear. Actually, she was wearing a white skirt that was contrasting to the colourful blouse she had on. She was chubby, with a ginger hair and was wearing a red lipstick as dark as mine, and before she could say anything I thought: "She's the right person, I must start my treatment with her". There was something in her voice tone and in the way she did things, that made me feel comfy. As soon as I sat on the couch, I said I didn't know from where I should start. 
And well, that's okay, because it was actually her job to lead the conversation in order to extract the information she needed to treat me. The conversation was flowing very nice and I told her about my family, my close friends, my university classmates and my ex-boyfriends. Then we started talking about more serious subjects like, why I stopped studying Tourism Management, why I enjoy cutting and bruising myself and how I am used to deal with frustration, anger and sadness. 
I just kept talking. No need to cry or to offer resistence. It was like if I was talking to a friend. 
As soon as the time was over, she said that we would see each other every Saturday, at 11 AM. She explained it was just the first session and that I shouldn't stop the treatment. She also said she was going to make sure I was going to take medicine only if it was extremely necessary, because I don't want to get addicted to any pills. 
Anyway, that was just the beginning and I am sure I will have a lot more to tell, because my classes will start on Monday and university equals to infinite stress and struggle, right?
You are just like my personal psychologists. When I don't go to the session, I cry on your shoulders hahaha
Well, that's it. See you tomorrow!

Nenhum comentário:

Postar um comentário